A origem da expressão "
nem sempre galinha, nem sempre rainha" é atribuída ao rei D. João V, conhecido nos manuais da história com o cognome de “Magnânimo”.
Ficou célebre o seu tórrido romance com a Madre Paula, do mosteiro de S. Dinis, em Odivelas, com quem teve vários filhos, os quais educou esmeradamente, ficando conhecidos pelos Meninos de Palhavã, porque residiam em Palhavã, no Palácio onde actualmente funciona a embaixada de Espanha, em Lisboa.
A rainha era austríaca e muito feia, ao contrário do rei que era bem apessoado. Talvez por isso, o rei procurava outras companhias mais agradáveis. A rainha, sentindo-se rejeitada, ter-se-á queixado ao padre seu confessor.
Um dia o padre chamou o rei à razão. Então, o rei ordenou ao cozinheiro que, a partir desse dia, o padre passaria a comer todos os dias galinha. Nos primeiros dias, o padre até ficou satisfeito e deliciado com o menu. Mas passado três meses o homem andava agoniado e magro que nem um caniço e foi queixar-se ao rei do cozinheiro que só lhe dava galinha.
Foi então que o rei, com ar de malícia, lhe disse:
- Pois é, senhor padre! Nem sempre galinha, nem sempre rainha!