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ARTIGOS DE FUNDO II - Paixão e poder
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Salazar e a jornalista francesa Christine Garnier (acima esquerda), Eva Braun e Hitler (acima direita), Carmen Pólo e Franco (abaixo esquerda) e Helena e Nicolae Ceaucescu.
Os 'grandes homens' do século XX não só foram famosos pelos seus triunfos e poder nos países em que eram ditadores. Lenin, Mussolini ou Hitler também sentiram debilidade por alguma mulher, apaixonaram-se e cometeram estupidezes. O livro 'As mulheres dos ditadores', de Diane Ducret, mostra a faceta mais pessoal das suas vidas.
Benito Mussolini, um 'dandi' autoritário
O 'Duce' era um grande conquistador. Tinha uma máxima vital: "Impressionar e seduzir". Conta Ducret no seu livro que Mussolini perdeu a virgindade com uma prostituta e, a partir desse momento, toda a mulher por quem se encaprichasse acabava nos seus braços, quisesse ou não. O casanova italiano forçou várias raparigas a manter relacionamentos com ele. Casou-se com Rachele Mussolini - "com ela quase nunca teve amor", segundo as suas próprias palavras - e foi executado junto ao seu amante, Clara Petacci. Teve muitos outros relacionamentos extramatrimoniais.
Lenine, amor na fria Sibéria
Lenine sempre esteve rodeado por mulheres: a sua mãe e a sua irmã sempre o protegeram. Até quando esteve preso, a irmã, que tinha que deixar San Petersburgo e como só um familiar ou a noiva o poderia visitar, escolheu a Apollinaria Yakubova para que se fizesse passar por sua noiva.
Depressa será substituída por Nadia Krupskaia, com quem vem a casar-se mas nunca esteve realmente apaixonado por ela. Uma das suas conquistas, Issa, terá uma grande amizade com Nadia dando lugar a uma espécie de 'ménage à trois' durante seis anos. Nadia seria a sua 'mulher' oficial, mas não a única que passou pelos seus lençóis.
Estaline, um 'playboy' complexado
Kato foi a primeira mulher do ocupado Estaline. Este, mais inclinado para as suas actividades revolucionárias que para a sua esposa, não está presente na sua morte. Nunca se perdoará, e até é fotografado a chorar junto ao seu cadáver. Depressa se esquece disto e, durante o exílio, converte-se quase num libertino, no entanto, nunca sentirá gosto pelo seu corpo chegando a manipular as fotos oficiais. Volta a casar-se e, apesar de ser um homem infiel, não tolera o mesmo das suas mulheres vendo enganos em todo o lado. Passará as duas últimas décadas junto a Valentina, a sua governanta.
António Salazar, o homem que perdeu a sua fé
O ditador português trocou o seminário pela carreira de Direito. Uma mulher, Felismina, fez com que mudasse de opinião. Ambos tiveram um romance um tanto bucólico e infantil até bem depois dos anos 30. Ele cansou-se. Ela "converteu-o no objecto do seu único amor". Salazar renunciou ao casamento porque "não estava disposto a fazer concessões por nenhuma mulher", embora tivesse amores ocasionas. María Laura, Emília, a jornalista Christine Garnier... Foram muitas as conquistas, mas ele "não conservava uma amante se não tirasse daí interesse político". Como no caso de Estaline, seria a sua governanta quem passaria com ele os seus últimos instantes.
Bokassa, um imperador apaixonado por Brigitte Bardot
O "novo Napoleão da África", imperador do Congo francês, teve uma vida cheia de mulheres. Apesar de Catherine Denguiade ter sido a sua esposa oficial e afirmar "não poder prescindir dela", o ditador casou-se mais meia dúzia de vezes (paralelamente ao casamento oficial). Catherine é a eleita para ser a imperatriz mas, além de tentar conquistar a francesa Brigitte Bardot - sem sucesso - reúne todas as suas amantes numa casa próxima à sua para poder 'escapar-se' sem levantar ciúmes a Catherine.
Mao, um camarada infiel
O imperador chinês jurou que nunca se casaria porque "horrorizava-o o sistema desumano de exploração que é o casamento" mas, no entanto, havia de casar-se várias vezes. Primeiro foi com Kaihui que não aguentava não ser a única na vida de Mao mas fazia como se nada sucedesse. Posteriormente, durante o seu exílio e ainda estando casado com Kaihui, casar-se-ia com outra jovem. Mao não assistiu à morte de Kahui e foi então que deu conta que esse era o seu 'grande amor'. Foram muitas mais as amantes de Mao, apesar da preocupação com os problemas de impotência. Para se deitar com elas, fazia uma selecção de mulheres procedentes de famílias camponesas pobres que o consideravam o seu messias.
Nicolae Ceaucescu, uma vida partilhada
O ditador romeno partilhou a sua vida com Elena, uma jovem de baixa classe que converteu numa espécie de Eva Perón. Na sua opinião, a maior honra das mulheres devia ser "parir, dar a vida e criar filhos". Juntos definem as bases da nação e estabelecem regras para aumentar a população enquanto eles levam uma vida de luxo, sobretudo pelos numerosos caprichos dela. Passam os dias juntos e acabam do mesmo modo, pois são executados ao mesmo tempo.
Hitler, um jovem sem desejo sexual
O Fuhrer nunca assumiu a sexualidade como uma parte normal da sua vida. Apesar de vários flirts com alguma jovem, não experimentará um sentimento parecido ao amor até a sua sobrinha ir viver com ele. Ambos embarcam num relacionamento um tanto incestuoso que acaba com final trágico: ela suicida-se quando vê que o seu tio não lhe satisfazia todos os caprichos que desejava. A partir daí, a sua vida decorrerá paralela à de Eva Braun, com quem se casa no dia antes de ambos se suicidarem. Ele nunca chegou a amar; ela morria de ciúmes por não o ter ao seu lado.
Franco, um homem entregue à sua carreira
Pela vida do 'caudillo' não passaram muitas mulheres. À parte alguns amores de juventude, como o que teve junto com Sofia, só existiu para ele Carmen Pólo. Apesar de ela estar num convento de clausura, ele aproveita as manhãs para a ir ver rezar e, depois de vários anos de um noivado secreto e de propor várias vezes casamento, contraíram matrimónio. Ela "assumiu o papel de mulher para enfeitar", mas não se separou dele até à morte. Foi então que desapareceu da vida pública.
Criado em: 12/10/2011 • 16:29
Actualizado em: 12/10/2011 • 16:29
Categoria : ARTIGOS DE FUNDO II
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