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 ARTIGOS DE FUNDO II - A meditação melhora as capacidades cognitivas em apenas 4 dias
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Um estudo realizado por cientistas da Universidade da Carolina do Norte, em Charlotte (UNCC), Estados Unidos, revelou que bastam apenas uns momentos breves de meditação, durante poucos dias, para podemos aumentar as nossas capacidades cognitivas.
Em investigações anteriores, realizadas com tecnologia de registo de imagens da actividade neuronal, tinha-se demonstrado já que a meditação pode produzir mudanças significativas em áreas do cérebro relacionadas com a concentração.
No entanto, até ao momento, achava-se que, para se conseguir estas mudanças, era preciso um treino austero nas técnicas de meditação.
Rápido e simples
Os investigadores analisaram os efeitos de uma técnica de meditação conhecida como mindfulness, que consiste em tomar uma atitude de atenção e consciência plena, de presença atenta e reflexiva.
A meditação mindfulness consiste, portanto, no esforço por estabilizar-se no momento presente de forma activa e reflexiva.
Os participantes no estudo praticaram este tipo de meditação durante quatro dias apenas e durante 20 minutos em cada um destes dias. Depois deste período de tempo constatou-se um significativo aumento nas suas capacidades cognitivas: pontuaram muito mais alto nos testes cognitivos que outras pessoas de um grupo de controlo que não tinha meditado.
Segundo Zeidan, os resultados destes testes foram similares aos documentados noutras investigações, nas quais os participantes tinham estado a meditar durante mais tempo.
Zeidan assinala que a profunda melhoria cognitiva constatada após quatro dias de treino na meditação resultou realmente surpreendente e sugere que a mente é, de facto, facilmente transformável e influenciável, especialmente com esta técnica de concentração.
Melhoria surpreendente
Participaram na experiência 63 estudantes, 49 dos quais completaram a investigação.
Os participantes foram organizados de forma aleatória e equivalente em dois grupos. Um deles, dedicou-se a meditar. O outro ouviu, durante períodos equivalentes de tempo, a leitura de um livro, "O Hobbit", de J.R.R. Tolkein.
Segundo explicam os investigadores, num artigo publicado na revista Pub.Med, antes e depois das sessões de meditação e de leitura, os estudantes foram submetidos a uma grande quantidade de testes, com os quais se avaliaram o estado de espírito, a sua fluência verbal, o processamento visual e a memória de trabalho.
Ambos os grupos apresentaram resultados similares nestes testes no início da experiência, e ambos melhoraram os resultados em relação ao estado de espírito, depois dos exercícios de meditação e dos de leitura.
No entanto, o grupo que se dedicou à meditação pontuou muito mais alto em média que o outro grupo nos testes sobre capacidades cognitivas, e até dez vezes mais alto em tarefas onde os participantes tinham que processar informação sob pressão ao ter de fazê-lo em tempo limitado (capacidade de concentração quando se tem outra informação na mente).
Nas provas demonstrou-se, concretamente, que os participantes que tinham praticado a meditação durante quatro dias tinham melhorado notavelmente as suas capacidades de processamento visual do espaço, a memória de trabalho e as funções executivas (conjunto de capacidades cognitivas que permitem a antecipação e o estabelecimento de metas, a formação de planos e programas, o início das actividades e operações mentais, a auto-regulação das tarefas e a habilidade de as levar a cabo eficientemente).
Capacidade de modificar a mente
Zeidan assinala que haverá que fazer mais estudos para confirmar as mudanças cerebrais por causa destes breves períodos de meditação que os testes revelaram.
Ainda assim, o investigador considera que os resultados obtidos evidenciam, já com clareza, a capacidade para modificarmos a nossa própria mente e melhorarmos a capacidade cognitiva em poucos dias.
Em que consiste a medição mindfulness
Os participantes praticaram a meditação mindfulness com a ajuda de um orientador que os ensinou a relaxar-se, com os olhos fechados, e a centrar ao mesmo tempo a sua atenção nos movimentos respiratórios. Se algum pensamento chegasse durante este processo, deviam deixá-lo passar, sem se concentrar nele e depois voltar às sensações da respiração.
Os benefícios imediatos da meditação foram também demonstrados por cientistas da Universidade Tecnológica de Dalian, na China, que em 2009 publicaram os resultados de uma investigação onde se demonstrou que outra técnica, conhecida como “integrative body-mind training” (IBMT) pode produzir mudanças mensuráveis na atenção e reduzir os níveis de stress, em apenas cinco dias de prática, 20 minutos por dia.
Neste estudo participaram 86 estudantes da mesma universidade e aplicaram-se diversas tecnologias (como explorações de ressonância magnética funcional do cérebro), que permitiram demonstrar que a IBMT potencia as relações entre a estrutura do sistema nervoso central, o córtex cingulado anterior e o sistema nervoso parassimpático, o que por sua vez potencia a conexão mente-cérebro.
As imagens do cérebro dos que tinham praticado IBMT mostraram diferenças radicais em relação a outro grupo de participantes que tinha realizado outras práticas de relaxamento.
Yaiza Martínez
Criado em: 28/05/2010 • 11:04
Actualizado em: 28/05/2010 • 11:04
Categoria : ARTIGOS DE FUNDO II
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