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news_artigo.gifARTIGOS DE FUNDO II - Os efeitos colaterais do acordo ortográfico
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acordo_ort.jpgO acordo ortográfico está a trazer graves repercussões a nível internacional para o português de Portugal.

Unificar a ortografia da língua portuguesa que, atualmente, é o único idioma do ocidente que tem duas grafias oficiais — a do Brasil e a de Portugal”, esse é o principal objetivo do acordo ortográfico elaborado em 1990 e ratificado pelo Brasil em 2004." (Guia do Acordo Ortográfico [pdf])

É precisamente este entendimento que está a levar a comunidade internacional a preterir e abandonar as traduções e o uso do português de Portugal. Argumenta-se que o acordo resolve 98% das diferenças ortográficas. Logo, português do Brasil ou de Portugal são iguais e poupa-se, assim, trabalho e dinheiro.

Quem quer que defenda, cá dentro ou lá fora, tal monstruosidade não deixa de revelar uma total confusão entre forma e conteúdo. O que aproxima ou afasta portugueses e brasileiros não é a forma (ortografia), mas o conteúdo.

Em matéria de conteúdo (expressão oral ou escrita) ambos os povos necessitam, por vezes, de um tradutor, porque praticamente tudo causa estranheza e em muitos casos há um desconhecimento total do significado das palavras e da forma de dizer.

Veja-se este pequeno vídeo. É apenas uma gota de água no oceano.

Cristovão Tezza, escritor brasileiro, afirma: "Se meu livro, escrito em brasileiro, pode ser traduzido para o catalão, porque não para o português?" cry

Diz o texto oficial:
o acordo constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional”.

O relegar para segundo plano o português de Portugal na comunidade internacional por causa do presente acordo não prestigia nem Brasil, nem Portugal, nem a língua de Camões.

Não se previa? Pelos vistos, não. Andou-se demasiado tempo a jogar com as palavras, a mascarar a realidade com manifestos de unidade. Enquanto isso, tornou-se lei: a forma é mais importante que o conteúdo. O vazio reina.

Criado em: 03/05/2010 • 12:54
Actualizado em: 03/05/2010 • 13:27
Categoria : ARTIGOS DE FUNDO II


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Comentários


Comentário n°2 

Jose 09/07/2021 • 09:39

Nós não estamos perante um Acordo Ortográfico (AO), por duas razões: a primeira, porque a língua e a escrita do português não se acordam, praticam-se e desenvolvem-se naturalmente ao longo dos tempos; a segunda, porque este "acordo"(que mais não é um negócio de editoras e de escritores brasileiros, com o conluio de alguns lusos)não chegou sequer a entrar na ordem jurídica portuguesa. Na verdade, o AO90 não foi objecto das necessárias ratificações por unanimidade dos Estados Contraentes(artigo 3º), nem se encontrando em vigor o 2º Protocolo Modificativo, que, alterando substancialmente a versão originária do AO (mudando a regra da unanimidade para a das 3 ratificações e postergando a propalada uniformidade ortográfica), não foi também objecto de novas ratificações e, portanto, a Resolução do Conselho de Ministros nº8/2011, de 25.01.2011, nunca poderia eficazmente revogar a anterior ortografia derivada do Decreto nº35.228, de 1945, com as alterações constantes do Decreto-Lei nº32/73, que transpôs a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira na ordem jurídica interna. O Decreto nº35.228 continua consequentemente em vigor, sendo ilegal a hierarquicamente inferior RCM nº8/2011 e, portanto, ninguém lhe deve obediência. 

Comentário n°1 

Abel 13/10/2010 • 03:23

Trata-se, apenas, de um acordo ortográfico, não de uma convenção de conteúdo.

Que mal haverá nisso?

Uma Língua fala-se e, por vezes, escreve-se.

Em matéria de conteúdo, não é raro haver necessidade de um "tradutor" para esclarecer o sentido de um texto, oral ou escrito, de um Beirão a um Alentejano.

Quanto ao tal Tezza que, pelos vistos, escreve em "brasileiro", sempre direi que deve andar enganado. O rapaz, que até se chama Cristóvão, escreve, bem ou mal, em Português, embora isso lhe custe, coitadinho.

Cordiais cumprimentos.

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