Nos próximos anos, as lâmpadas de baixo consumo vão conhecer inovações. Por um lado, os fabricantes trabalham para aumentar a gama das CFL e substituir as incandescentes de forma efectiva, especialmente em ambientes interiores melhorando as halogéneas onde o tom de luz seja determinante.
Por outro lado, e tendo por objectivo o futuro imediato, o LED (diodo emissor de luz) será determinante graças ao menor consumo e maior duração (aproximadamente 50.000 horas). Nos últimos anos já muito se melhorou e hoje vê-se a sua utilização nos semáforos, apesar de não serem utilizadas adequadamente em algumas ocasiões.
Preços, intensidades e modelos
O mercado dispõe actualmente de uma grande variedade de modelos com características e preços muito diversos. Uma lâmpada halogénea custa duas a três vezes mais que uma incandescente e uma fluorescente compacta custa entre cinco a dez vezes mais.
As formas, potências, tipos, níveis de qualidade... têm uma importância determinante no preço final. Para se conseguir o melhor resultado, um estudo comparativo entre diversas marcas realizado pela CONSUMER EROSKI, sugere-se a escolha de marcas conceituadas como a Cegasa ou a Philips.
A luminosidade é uma informação básica que deve ser encontrada na embalagem da lâmpada. No caso das CFL, os fabricantes destacam os watts (W) de potência em comparação com uma lâmpada incandescente. Uma CFL de 11-12 W dará uma luz equivalente a uma convencional de 60 W.
No entanto, estes números não são muito reais segundo diversos relatórios. A Comissão Europeia recomenda dividir entre quatro o número de watts de uma CFL em relação a uma incandescente. Se se quer substituir uma lâmpada convencional de 60 W, o melhor será escolher uma CFL de 15 W.
O Lighting Research Center dos Estados Unidos, instituição universitária especializada na investigação da iluminação, é até mais exigente. Os seus responsáveis asseguram que o mais objectivo é dividir entre três: uma incandescente de 60 W será equivalente a uma CFL de 20 W.
Para evitar esta confusão, aguarda-se que a nova norma europeia obrigue os fabricantes a indicarem as equivalências em lumens, uma unidade de medida que indica a potência luminosa recebida.
A vida útil destas lâmpadas também oscila. Estima-se que durem aproximadamente 10.000 horas, muitas vezes mais que as incandescentes, mas isso também depende da qualidade, das marcas ou do uso.
Os ambientes húmidos e quentes prejudicam as lâmpadas CFL: apagá-las e acendê-las cada 15 minutos diminui em mais da metade a sua duração prevista.
Quanto aos modelos CFL, evoluíram e melhoraram nos últimos anos. No início só davam uma luz parecida às fluorescentes (branco azulado), que não resultava apropriada para ambientes mais quentes. Mas agora também há unidades CFL com uma luz mais amarela e até há de outras cores. Além disso, fabricam-se modelos que se ajustam a diferentes tipos de necessidades:
- Com bulbo: simulam a aparência das lâmpadas incandescentes convencionais; são, portanto, uma boa opção se se quer conservar a mesma estética.
- Espiral: foram das primeiras a sair para o mercado e, por isso, são mais frequentes em diferentes espaços, mesmo que resultem algo aparatosas.
- Globo: uma boa escolha para ambientes de interior, já que, apesar de sobressair do abajur em forma de tulipa, não destoam.
- Linear: a sua forma alongada é mais adequada para cozinhas ou lugares como garagens ou pátios.
- Reflectora: dirigem o feixe luminoso, de maneira que são bem utilizadas como lâmpadas verticais e quando se procura um tipo de iluminação direccionada ou para o tecto.
Como reciclar as lâmpadas de baixo consumo
As CFL, da mesma forma que os tubos fluorescentes, têm uma quantidade mínima de mercúrio, um material tóxico com um alto poder contaminante. Por isso, estas lâmpadas não devem ser depositadas nos contentores normais, mas recolhidas e recicladas à parte.
Os consumidores podem entregar as lâmpadas fundidas nos locais de comercialização destas lâmpadas. Outra possibilidade consiste em deixá-las nos Ecopontos.
Este tratamento especial influi mais no preço destas lâmpadas do que nas tradicionais.
A toxicidade das lâmpadas de baixo consumo foi abordada algumas vezes de maneira alarmista: os antigos termómetros de temperatura têm 600 vezes mais mercúrio que uma CFL.
A indústria tem vindo a reduzir de maneira progressiva a quantidade de metais pesados presentes nestas lâmpadas. Desta forma caminhamos para um futuro mais limpo sem prejuízo da economia.
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