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ARTIGOS DE FUNDO - Os frutos secos engordam?
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Os frutos secos são alimentos muito nutritivos e dos mais ricos em energia.
Possuem gorduras saudáveis para o coração, proteínas, poucos hidratos de carbono, fibra, vitaminas, minerais e substâncias bioactivas, como antioxidantes e fitoesteróis.
Este interessante perfil nutricional levou ao reconhecimento de amplos benefícios no seu consumo regular, em particular no âmbito da saúde cardiovascular. Apesar de vários estudos recentes desmentirem o papel dos frutos secos no aumento de peso e obesidade, a maioria das vezes costumam restringir-se ao factor calórico.
Efeitos sobre a saúde
Durante os últimos anos destacou-se o papel das dietas que incluíam frutos secos por ajudarem a prevenir doenças cardiovasculares como agente de hipocolesterol e anti-inflamatório.
Além disso, alguns trabalhos sugerem também que poderiam reduzir o risco de diabetes em mulheres e de cálculos biliares, neste último caso, em ambos os sexos.
Quanto à evidência do efeito anticancerígeno, esta é mais limitada, pois os estudos realizados nas duas últimas décadas limitaram-se ao exame de três tipos de tumores e os benefícios parecem limitar-se às mulheres, sendo necessário continuar a investigar o papel dos frutos secos em doenças diferentes das cardiovasculares.
Consumo habitual Os frutos secos, além dos provados benefícios cardiovasculares, poderão reduzir também o risco de cálculos biliares em ambos os sexos e de diabetes em mulheres O receio popular de comer frutos secos baseou-se na crença de que contêm muita gordura e, portanto, muitas calorias. E sabe-se que ingerir mais calorias do que a conta aumenta o peso corporal.
A ciência estudou o efeito do consumo habitual de frutos secos, em quantidade razoável, no aumento da gordura e do peso corporal e os resultados são muito interessantes.
Nos últimos anos, tem aumentado o número de estudos que descrevem uma relação inversa entre o consumo de frutos secos e o aumento de peso corporal.
Em Espanha, uma investigação de 2007, da Universidade de Navarra, mostrava que as pessoas que seguem uma dieta mediterrânea com alto conteúdo em frutos secos engordam menos que as que não ingerem este alimento.
Esta hipótese vai-se consolidando com trabalhos cujos resultados vão nesse sentido, com um maior número de participantes durante um período de tempo mais longo, o que lhes confere mais solidez.
Controlo de peso corporal
Um estudo recente publicado na revista "American Journal of Clinical Nutrition", realizado por investigadores do Departamento de Nutrição da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA.), avaliou a ingestão diária de frutos secos e as subsequentes mudanças de peso entre os anos 1991 e 1999.
Este foi dos poucos trabalhos que avaliaram a associação a longo prazo entre o consumo de frutos secos e as mudanças de peso corporal.
Os mais de 51.000 participantes foram separados em função do consumo de frutos secos: duas ou mais vezes por semana ou raramente. Os primeiros mostraram um menor ganho de peso que os que raramente incluíam frutos secos na sua alimentação.
Além disso, numa análise onde se controlaram diferentes factores dietéticos e de estilo de vida, observou-se que um maior consumo de frutos secos se associava a um menor risco de obesidade.
Os resultados deste estudo sugerem que os frutos secos na alimentação não conduzem a um aumento de peso e que até poderiam ajudar no seu controlo. O segredo está, em parte, no consumo equilibrado.
Neste sentido, a Sociedade Espanhola de Nutrição Comunitária (SENC) recomenda o consumo de frutos secos naturais (daqueles que habitualmente se descascam) 1 a 5 vezes por semana, comendo-se de cada vez cerca de 25 gramas (peso sem casca).
ESTUDO PREDIMED E FRUTOS SECOS
PREDIMED é o acrónimo de um estudo de intervenção nutricional a longo prazo para avaliar a eficácia da Dieta Mediterrânica na Prevenção primária de doenças cardiovasculares.
A equipa do estudo PREDIMED reúne os principais grupos de investigação (num total de 16) nutricional e doença cardiovascular em Espanha.
PREDIMED iniciou os estudos em 2003 tendo por finalidade contribuir com provas científicas sobre o benefício cardiovascular da dieta mediterrânica ou dos seus principais componentes, como o azeite de oliveira e os frutos secos.
Concretamente, trata-se de um ensaio clínico orientado para o estudo da dieta mediterrânica com particular enfoque para os suplementos de azeite extra virgem ou frutos secos como forma de evitar a aparecimento de doenças cardiovasculares (morte de origem cardiovascular, enfarte do miocárdio e acidente vascular cerebral), em comparação com uma dieta baixa em gordura.
Apesar deste ser o objectivo principal, o estudo também avalia os efeitos da dieta mediterrânea sobre a mortalidade global e incidência de insuficiência cardíaca, diabetes, cancro, deterioração cognitiva e outras doenças neurodegenerativas.
Maria Manera
Criado em: 19/06/2009 • 11:20
Actualizado em: 28/07/2009 • 11:40
Categoria : ARTIGOS DE FUNDO
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